NADA É TUDO

      Não podemos nos achar inferiores por não sabermos fazer algo e nem superiores por saber fazer o que muitos não sabem. Toda qualidade é bem vinda e bem distribuída entre nós. Que possamos valorizar nossas qualidade e usá-las da melhor maneira possível. Acredite que o mais simples que você saiba fazer é exatamente disso que alguém em algum canto está precisando. Sabe essa coisa tão simples, tão bobinha que você faz e que acha não servir de nada? É essa coisa que fará uma grande diferença na vida de alguém e pode ser hoje. Tudo o que você faz de bom é o que precisa.
      Eu por exemplo, sei apenas escrever... Mas talvez exista alguém que num determinado momento esteja necessitando de apenas um bom texto para ler. E estou aqui escrevendo alguns. Você o que faz? Nada? Já parou pra pensar que seu nada é tudo! Enquanto não faz nada alguém pode te procurar para desabafar e você poderá ouvir e isso tem grande valor para quem desabafa. Enfim TUDO é TUDO e nada pode ser Tudo. É preciso acreditar mais que somos importantes, e que um simples nada que façamos pode ser tudo.
      Outro exemplo, eu só ando de bicicleta... Vai que num desses dias você passa por um lugar que esteja precisando de ajuda rápida e não tem nenhum veículo para essa rapidez. Empreste a bicicleta ou vá você mesmo correr atrás do que necessita.
      Ah sou menina e apenas brinco de boneca... Sem problema se você tem mais de uma procure outras meninas para brincar e de preferência aquelas meninas que não têm. E se você sentir vontade pode emprestar por um tempo ou até dar sua boneca para aquela menina.
      Último exemplo, sou apenas dona de casa e não trabalho. É mas se não fosse você como estaria essa casa? Quem iria lavar as roupas? E a comida quem prepararia? Quem ficaria em casa para receber as visitas, comparas e correios? Então a importância de ser dona de casa e tem muito mais.
      Enfim é isso tudo é válido.

ERROU FEIO, MAS FEIO MESMO

      Quem nunca se arrependeu das palavras fortes ditas num momento de discutição? Aquele momento em que as palavras saem às vezes até sem percebermos, isso devido a estarmos de cabeça quente. É preciso tomar muito cuidado no dia em que não estamos de bom humor, preferir muitas vezes o silêncio que as palavras vãs. Ou até mesmo já explicar logo 'de cara' que está mal humorado. Também é preciso muito cuidado ao interpretar uma cena. Quantos de nós ao interpretar errado uma cena não nos enchemos de raiva, ciúmes e coisas do tipo? E o que acontece na sequência? Pois é, enfurecidos começamos atacar com palavras alguém envolvido na cena.
      Certa vez uma jovem caminhava pela rua indo embora para sua casa. Passava de um lado da calçada e avistava uma bonita paisagem. Era a praça da cidade que ela morava. Do outro lado da calçada estavam algumas pessoas. Estavam também duas personagens importantes nessa história: um garoto e uma garota. Ambos sorriam, se divertiam, se abraçavam e até tinha beijo no rosto. Ambos estavam também tomando sorvete.
      A jovem ficou bastante enfurecida com a cena já que o garoto era seu namorado. Era um namoro de dois anos e sete meses. Tempo que já dá para se adquirir boa confiança não acham? Bem, enfurecida a jovem atravessou a rua e se aproximou da dupla. Não perguntou uma palavra se quer. Olhou bem para o garoto e começou a ofendê-lo com vários palavrões. Dizia por exemplo: "como você pode me trair com essa menina? Você é um galinha, um mané, me usou esse tempo topo seu cafajeste, aproveitador..." E dizia palavrões grosseiros aos quais não posso escrever, mas que já se pode imaginar.
      Após ofender o tanto que quis ela foi embora. O garoto e a menina que estava com ele ficaram desconcertados e ao redor uma galera olhando aquela cena de novela. Os dois envergonhados saíram dali e foram embora para a casa do garoto. Sim, ambos foram para a casa dele. Apesar de ter namorada por que ele levou outra menina para sua casa? A resposta ele não deu na conversa que teve com sua namorada quatro dia após o ocorrido, mas a gente conta aqui.
      Pois bem, se passaram quatro dias do ocorrido e a namorada chega e bate na porta da casa dele. Abraça-o e pede desculpas. Reconhece seu erro e diz estar arrependida das palavras fortes que usou. Ele não a queria ouvir, mas ela insistia em falar e ele acabou escutando. Mas ele não quis perdoar naquele dia. Naquele dia ele não queria nem olhar na cara dela. E depois ela foi embora.
      A menina que estava com ele no dia das ofensas é a sua prima que voltava do México, onde estava vivendo há 5 anos e 3 meses. Eles estavam apenas se divertindo e trocando novidades. Ele perguntando coisas de lá e ela daqui. Não era nada de mais. Eles eram apenas primos que se amavam e se amam muito.
      Aquela que foi a namorada e que não foi perdoada no dia que pediu... Bom, sem informações dela. Provavelmente mudou de cidade ou estado. Ninguém nunca mais ouviu falar dela. Há boatos que ela está morando sozinha na Bahia. Mas vai saber. Os primos cada um conheceu uma pessoa e iniciou um namoro. Enfim, é preciso muito cuidado com as palavras e com as interpretações daquilo que se ver. Nem tudo é o que parece e o que foi falado já não se pode ser retirado. Nem todas as vezes que nos arrependemos do que falamos será possível reparar o erro. Antes de falar é preciso medir o peso das palavras e suas consequências. Amor perdoa? Nem sempre vai perdoar.

ENCONTRAR O AMOR PRÓPRIO

      A verdade é que estamos vivendo já algumas partes do que está escrito no livro bíblico Apocalipse. Cada dia que passa mais e aproxima o dia da volta do Senhor, porém não é necessário uma maior preocupação quanto a isso, pois ninguém nem mesmo o Filho sabe quando será esse dia.
      Apesar das revelações descritas em Apocalipse, muitos estudiosos das ciências procuram explicações para os desastres encontrados em nossos dias, exemplo o ocorrido com as barragens em Mariana-MG no fim do ano de 2015, além de tremores de terras em partes do mundo ao longo dos anos . Também buscam explicações para tantas mortes em atentados como o que houve no França poucos dias depois do ocorrido em Mariana. Feita a introdução, vamos lá.
      O mundo de hoje está doente e a cura só será possível através do amor. Amor a si, aos demais, à natureza e aos animais. Há guerras entre nações e religiões, uma tentando destruir a outra por crerem em deuses diferentes. Não há respeito. Muitas pessoas hoje abusam do poder no que se diz respeito a liberdade de expressão. Não sabem se expressar sem provocar alguém. Apesar que às vezes tem gente que se sente ofendido muito facilmente.
      Vivenciamos um país cheio de violências, seja contra humanos, animais ou natureza. A verdade é que isso tudo tem acontecido porque tantas pessoas não tem encontrado o amor próprio. Revoltadas, desanimadas, solitárias essas pessoas buscam alguma maneira de colocar pra fora esses sentimentos que preencheram em si o local onde o amor próprio tinha que estar. E muitas vezes a maneira de expressar, de jogar fora é ferindo os outros com palavras ou ações físicas, também aos animais e natureza.
      A falta do amor próprio é sem dúvida um dos grandes culpados das desgraças do mundo atual. Enquanto cada um de nós não conseguirmos encontrar em nós esse amor será difícil acontecer alguma mudança positiva. Só é possível dar ao outro aquilo que se tem. E o que temos hoje? Para encontrar a resposta basta ligar a TV e ver as notícias nos telejornais, olhar na internet nos sites de informações. Ou ainda uma conversa com a pessoa mais próxima no momento. E aí o que temos atualmente?
      Enfim é isso, nada poderá ser feito enquanto não encontrarmos em nós esse próprio amor. Enquanto a gente não aprender a amar a nós mesmos tudo o que foi escrito naquele livro vai seguir acontecendo cada vez mais rápido. Portanto, busquemos esse sentimento positivo já porque encontrar o amor próprio é o que nos ajudará a salvar o mundo.

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O GAROTO QUE SÓ QUERIA JOGAR BOLA

      Havia um menininho de 11 anos. Ele estudava e vivia com seus pais. Nas horas vagas estava sempre procurando alguém para brincar. Gostava de jogar bola. Não tinha outro lugar a não ser um poliesportivo que ficava cerca de uns 20 minutos de sua casa. Então era lá que ele e seus amigos iam jogar.
      Esse era o único poliesportivo para dois bairros, e com isso garotos maiores também acostumavam ir lá para se divertir. O problema da história é que antes de jogar bola, os garotos maiores expulsavam o menininho e seus amigos dando-lhes chutes, socos e boladas. Os maiores se achavam os donos do pedaço. E como enfrentá-los se eles tinham 16, 17 anos e com aparência de homens bem fortes? O jeito era ir embora e deixá-los lá se divertindo.
      Essa situação se repetia muitas vezes no mês e isso entristecia o menininho de 11 anos. Ele parou para conversar com seus pais sobre a vontade de jogar bola profissionalmente. Os pais apenas responderam não ter condições. E a história seguiu... Anos se passaram... E nada mudou.
      Ainda sem condições de jogar profissionalmente e já abalado com tudo o que viveu, o menino com uns 17 anos estava desanimado. Volta e meia ainda procurava alguém e jogava bola. Estava próximo de completar a maior idade e também concluir a formação escolar no Ensino Médio. Assim se fez naquele ano. E no ano seguinte ele arrumou seu primeiro emprego o que diminuiu muito seu tempo para o esporte.
      Irritado por não conseguir realizar sua vontade de jogar profissionalmente e sem tempo e pessoas para se divertir ele foi se excluindo da vida. Como assim? Parecia alguém de castigo, era de casa para o trabalho e do trabalho para casa. Em seus dias de folga usava o computador e assistia televisão em casa. Ele já não frequentava mais a igreja, não saia com os amigos, não ia ao bar assistir futebol... Ele simplesmente não fazia mais nada.
      Manha, pirraça... Cada qual denominava de uma maneira, mas somente ele sabia o que realmente estava acontecendo em sua autoestima. Ainda assim o rapaz fazia jogo duro e não falava nada. Será depressão? E o que importa se é? A essa mesma hora dois anos atrás ele estava voltando da rua com uma comprinha. Desolado com a vida e sem esperança usou o que havia comprado e deitou-se na cama. Abalado e sem fé pediu ajuda ao Pai do céu e disse: "o Senhor me acompanhou sempre e sabe bem que não mereço, mas como tens misericórdia eu não poderia deixar de pedir perdão e dizer que se for da tua vontade eu gostaria de conhecê-lo aí no Paraíso, mas repito não fiz por merecer e reconheço." Deitou-se e minutos depois adormeceu-se e nunca mais acordou.
      O que o levou a isso? A usar o que havia comprado? Não foi o simples fato de não ter conseguido jogar profissionalmente, foi o fato dele esconder dentro de si durante anos sentimentos de revolta daqueles garotos que o expulsava do poliesportivo, o sentimento de não ter conseguido amar seus pais como gostaria, o sentimento de não ter amado a si próprio como pessoa. Enfim, ele era cheio de sentimentos escondidos... Quase nunca demonstrava porque preferia viver mentiras que criava em sua imaginação. Inclusive o título do texto foi meio que um meio de disfarçar a verdade por trás do garoto que só queria jogar bola.