terça-feira, 13 de dezembro de 2016

ENTRE DOIDOS E DOÍDOS


                O que é ser alguém na vida? Hoje em dia é possível expressar opiniões sem ser julgado como doido? Pensar diferente dos demais é bom ou ruim? A mídia tem influenciado no modo de pensar dos jovens? Os grandes pensadores e filósofos também eram considerados doidos em seus respectivos tempos? Aceitar o que nos impõem ou questionar o porquê da imposição? E o que nos move são as respostas ou as perguntas?
                Ser alguém na vida é ter algum título ou será que é se sentir bem sendo quem somos? Acredito que a resposta seja a segunda opção dentro do nosso interior, porém ao olhar mundano seja ser alguém renomeado, seja um presidente, um advogado ou algo do tipo. Como se dona de casa ou um simples carpinteiro não fossem nada.
                Sempre ouvi dizer para não ser ‘Maria vai com as outras’, porém expressando minhas opiniões vejo olhares diferentes com desprezo, do tipo que me chamassem de doido. Como se minha forma de pensar fosse totalmente errada, como se fosse obrigado a aceitar tudo o que nos é colocado. Acaso não podemos questionar o porquê de algumas regras e leis? Devemos apenas respeitá-las e pronto? Bem que respeitar é uma coisa e concordar é outra, ou seja, sim devemos respeitar, mas não necessariamente concordar.
                A mídia pode sim influenciar e muito no modo que pensamos. Mas para não sermos manipulados pela mídia cabe a cada um de nós e também aos professores das escolas públicas ensinar cada um a pensar com a própria cabeça, a criticar o que está sendo exibido. Criticar não é falar mal; existe a crítica positiva. Criticar é enxergar os pontos de vista diferentes. Não aceitar de primeira o que a mídia apresenta, mas pensar o motivo do que é apresentado. Onde eles querem chegar? Por que estão exibindo isso? Por que mais crédito para tal notícia e menos para a outra? O que essa novela traz de bom e de mal para minha vida? São as perguntas que nos movem.
                Hoje considerados pensadores... Provavelmente não eram bem vistos em seus tempos. Edgar Allan Poe parece ter visto a conexão entre criatividade e doença mental. Ele escreveu: "Homens me chamaram de louco; mas a questão ainda não está definida, se loucura é ou não é a sublime inteligência - se muito disso é glorioso - se tudo isso é profundo - não emerge da doença ou do pensamento - dos humores da mente exaltada às expensas do intelecto geral". Essa é uma das demonstrações existentes.
                Por fim, mesmo em tempos que somos chamados de doidos por expressar opiniões e não aceitar tudo o que nos é jogado precisamos continuar assim, ainda que seja doído. Não é ser o diferentão, mas é ser aquele que pensa com a própria cabeça, que questiona, que investiga e que não tem medo de dizer o que pensa sobre determinadas situações. Não podemos magoar ninguém, não podemos ter preconceitos, necessitamos respeitar uns aos outros, inclusive nós mesmos e nos respeitamos quando descobrimos o que nos faz bem e questionamos aquilo que acreditamos não estar tão correto assim como muitos acreditam estar.
                Entre doidos e doídos eu estou no meio, nem de um lado nem do outro... Por enquanto, estou apenas questionando, analisando, pensando com minha própria cabeça; às vezes influenciado sim, mas paro e penso mais um pouco... Às vezes penso tanto que não faço nada. É perigoso? Sim, mas experimente fazer algo sem pensar e me diga: o que é mais perigoso: pensar demais e não fazer nada, ou fazer algo sem pensar? São as perguntas que nos movem.  



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